segunda-feira, 13 de junho de 2011

ESTUDO DE CASO DE SUCESSO

A realização de estudo de caso torna-se importante processo de busca do conhecimento. Hoje, algumas instituições fazem a opção de realizar os trabalhos de conclusão de curso através desta técnica. Os resultados são os melhores possíveis, permitindo descobertas de novas alternativas para as dificuldades que possuem. Através de um estudo organizado, com metodologia adequada, pode-se alcançar resultados surpreendentes.

TRABALHANDO COM METODOLOGIA CIENTÍFICA...

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Minha proposta é trabalhar na construção de sua produção investigativa, atendendo a cada momento metodológico que a mesma exige. Esclareço suas dúvidas, ajudo a definir temas e delimitações (segundo sua aptidão), além de mantê-lo na linha didática metodolótica construtiva da ciência.

Domino as regras da ABNT e APA, sempre interpretando e atendento a personalização de sua Instituição.

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Todo o processo pode ser realizado por internet.

Consulte-me.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Profª. Dóris Maria Daufenbach Goedert, Dra.

RESUMO

Neste artigo, tem-se como objeto de estudo “a comunicação social e linguagem na educação”. Busca-se descrever o que se entende por comunicação, linguagem, os tipos que a compõem e como se dão a suas utilizações nas aulas e quais as possíveis soluções para as dificuldades encontradas no processo de ensino aprendizagem do ser humano. A interpretação da comunicação é ampla e sua utilização pode trazer resultados benéficos aos alunos quando bem utilizada, assim como pode ser responsável por problemas diversos. Estudar comunicação e linguagem na educação exige investigação e observação para que se possam alcançar os objetivos a que se propõe, fazendo-se necessário um processo de avaliação onde estão inseridos tópicos variados, entre eles: compreender o que é, como se faz, quais os resultados desejados e, ou alcançados e qual melhor maneira de utilizá-las. Para tanto, na elaboração deste artigo usou-se de metodologia científica, optando por uma pesquisa qualitativa, tendo como técnica de coleta de dados a observação e dados bibliográficos. A análise conclusiva foi elaborada mediante junção das observações práticas e teorias utilizadas. Conclui-se que para haver aprendizagem, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes. Porém, a forma de usá-los é o que diferencia o resultado de um processo de ensino aprendizagem, enfatizando a necessidade do docente, de conhecer a melhor maneira de comunicação e linguagem para com seus alunos.
Palavras-chaves: Comunicação. Linguagem. Educação.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, percebe-se que as aulas, os momentos educativos são envolvidos por um sistema de comunicação que nem sempre consegue atingir os propósitos estabelecidos pelo planejamento e, por tanto, pela proposta curricular. Desta forma questiona-se: a comunicação e a linguagem, através do professor e aluno, interfere na transformação humana? Tem-se como hipótese, que o professor deve ser conhecedor dos “meios de comunicação e linguagem” e fazer uso dos mesmos para o aprendizado pretendido, buscando garantir a transformação desejada.
A metodologia científica utilizada à pesquisa é qualitativa e bibliográfica tendo como técnica de coleta de dados a observação da prática. Para concluir, foram feitas análises dos materiais bibliográficos junto com as observações da experiência deste autor.
A razão da escolha deste tema se deu devido ao recente estudo realizado em módulo do curso de pós-graduação em nível de Doutorado, onde se aprofundou o tema “Comunicação Social e Linguagem”, trazendo a tona um problema grave que envolve a questão da comunicação na educação, havendo momento de explanação onde ficou claro que existe uma situação de emergência no esclarecimento sobre como vem ocorrendo a comunicação em salas de aula e o que se pode fazer para colaborar neste processo.

2 DESENVOLVIMENTO

Comunicação e Linguagem são palavras de fácil pronúncia, mas de interpretação vasta. Em primeiro momento, comunicar é um campo de conhecimento acadêmico que estuda a comunicação humana em sociedade.
Etimologicamente a palavra comunicar deriva do latim comunicare que significa "pôr em comum, entrar em relação com". Mas a comunicação pode exprimir uma infinidade de formas. Na verdade, o homem engendrou um complexo sistema de símbolos que encerram e exteriorizam marcas da sua essência e na sua construção cultural. Aí se articulam e fundem sinais verbais (orais e escritos), sinais não verbais (mímica e expressão corporal) e indicadores culturais como a indumentária, adornos, penteados, etc.
Linguagem é o uso da palavra, seja ela escrita ou por articulação, com a finalidade de comunicação. Faz-se necessário que haja sintonia entre o emissor e receptor para exprimir exatamente o que pensamos e assim, organizar com lógica as idéias processadas.

2.1 Comunicação

Ao decompor a ação de comunicar é relevante salientar que comunicação pressupõe diálogo, interação, ação de tornar comum e, por isso, não pode ser confundida como um processo unilateral de transmissão de informações.
Segundo DeFleus (s/d, p. 2) “a comunicação é o estudo das mudanças um com os outros mediante o intercambio de mensagens, usando diversos processos de comunicação em uma variedade de contextos e cenários, e as conseqüências destas transações”. É um processo, no qual tenta-se transmitir uma idéia que, se bem comunicada, não é muito difícil de entender.
Para haver a comunicação, faz-se necessário uma fonte ou emissor que inicia uma mensagem, utilizando símbolos verbais e não verbais. São sinais contextualizados para expressar significado mediante a transmissão de informação de tal maneira que os entendimentos similares ou paralelos são constituídos pelo potencial receptor.
O conhecimento sobre a comunicação humana que é estudada por diversas ciências sociais está na habilidade de comunicar-se eficientemente, de decidir, comunicar-se clara e corretamente, de maneira que os demais não tenham dificuldade para entender o que se está dizendo e escrevendo.
Comunicar-se “bem”, traz uma gama de respostas na vida do ser humano, podendo evitar problemas familiares, de trabalho, com amigos... Porém, isto não afirma que existe uma “RECEITA” ideal de comunicação. Deve entendê-la como “importante” no cotidiano do ser humano, e não como uma mera palavra que envolve tipos que não são interpretados e compreendidos.
A ação de comunicar pressupõe duas ou mais pessoas produzindo entre si um entendimento recíproco a partir de trocas simbólicas e pode ser definida, portanto, como um comportamento intencionalmente produzido que visa compartilhar uma determinada finalidade (explícita ou não). Esse comportamento intencional é expresso na forma de mensagens (verbais e não verbais) que são transmitidas entre um emissor e um receptor, levando este último a modificar o seu padrão de comportamento em resposta.

2.2 Linguagem

A linguagem se dá pelo discurso que é mensurável em sua estatura espiritual de sua alma. Podem-se usar palavras de efeito, mas comunica-se somente o que se é. Ao expressar unicamente o conteúdo dos livros, demonstramos ser cópias dos autores. Porém, ao refletir criteriosamente sobre os escritos, constrói-se um sólido conhecimento e a partir daí, o nosso discurso adquire característica própria, que nos distingue dos demais.
A fala e a escrita podem ser criativas. Ao falar ou escrever, se há conteúdo do discursante ou escritor, subitamente se desenvolvem novos pensamentos, novos conhecimento enquanto fala ou escreve. Para que a criatividade torne-se um fato concreto, faz-se necessária à segurança pessoal, comunicação e atividade. Eis o fundamento básico para a criação de novos conteúdos da consciência.
O discurso, falado ou escrito, é mola propulsora de nosso desenvolvimento moral e intelectual.

2.3 Comunicação e linguagem na educação

Educação pode ser traduzida por responsabilidade; atualização; transformação; busca do conhecimento, entendimento da sociedade e qualidade de vida; compromisso com o desenvolvimento humano; reconstrução; processo de sentir; caminho para desenvolvimento; construção; vida...
Porém, a educação não haveria representantes em palavras e significados, não fosse a comunicação. É através desta ciência que se faz o educar.
Na educação, a comunicação é imprescindível, seja ela inserida no olhar de qualquer corrente filosófica ou vertente pedagógica. É através da mesma que se dá o processo de aquisição do conhecimento. Elas podem ser do tipo verbal ou não verbal.
A comunicação não verbal processa-se através dos gestos, das posturas, das expressões faciais, das utilizações da voz e do silêncio, do vestuário, dos objetos de que nos fazemos cercar, da relação que estabelecemos, quer com esses objetos, quer entre nós. Exprimem e comunicam idéias, sentimentos e emoções, acompanham, reforçam e chegam a substituir a linguagem verbal, delineando significações e conferindo uma vivência mais profunda e autentica à comunicação.
Pode-se cessar a comunicação verbal, simplesmente, não a utilizando. Ao contrário da comunicação não verbal que se faz por intermédio de signos discretos, a comunicação não verbal é contínua e ininterrupta. O que significa que não podemos nunca impedir a comunicação não verbal, mesmo que não seja deliberada e intencional.
Por se tratar de um processo que pode ser visto numa perspectiva individual, social e coletiva, o momento aula exige do professor mais atenção quando ao adentrar em sala, é focado em sua expressão facial, seu gesto, seu tom de voz, palavra utilizada, a forma como escreve.... Enfim, quando se expressa verbal ou não verbalmente é percebido, avaliado e, o mais importante: é visto, geralmente, como um exemplo.
O estudo do processo de comunicação nas escolas não é um alvo relevante, fato preocupante, considerando a sua importância em todo o processo educacional. A comunicação pode ser compreendida como um comportamento instrumental (ação de comunicar), emergente simbólica e concretamente na interação social. A complexidade no estudo dos processos de comunicação constitui um desafio ao diálogo e a pesquisa. O processo de comunicação pode ser definido de uma forma mais simplificada como uma atividade humana caracterizada pela transmissão e recepção de informações entre pessoas ou, ainda, como o modo pelo qual se constroem e se decodificam significados a partir das trocas de informações geradas.
Ter a habilidade da comunicação permite resultados que colabora no processo de ensino aprendizagem, buscando tipos símbolos ideais para determinada mensagem e receptor. No meio educacional é imprescindível este olhar, visto que há alunos com dificuldades de aprendizagem. A comunicação é uma ciência social dedicada a entender como nos comunicamos e de que forma podemos fazer, melhor, determinada ação. Buscam impulsionar o conhecimento da maneira como os seres humanos se comunicam os homens (bem ou mal, oralmente como os meios de comunicação em massa e as conseqüências desta comunicação).
Atualmente, quando o professor chega em sala, já planejado em sua seqüência e preparados para mediar as intervenções da realidade de cada aluno, pode-se deparar com situações diversas, entre elas, situações que envolvam emoções, idéias, pensamentos, comportamentos, atitudes, posturas, expressões, movimentos e gestos não esperada dos alunos. Assim, questiona-se: Onde errou? Em uma análise, encontra-se em primeiro plano de avaliação, a forma de comunicação com “aquele grupo”, pois afinal, “no outro” deu certo, a aula “fluiu” maravilhosamente. Então, pergunta-se, como proceder no processo de comunicação na educação mediante cada grupo de alunos que perpassa no dia-a-dia profissional?
Diria, em primeira instância, que o docente deve entender o que é comunicação e linguagem na educação para então poder definir os procedimentos a tomar, onde mudar quando uma determinada atitude não respondeu as suas expectativas e nem a dos alunos.
A falta de planejamento escolar é o maior problema nas práticas educativas (que por si só, já demonstra a falta de comunicação, pois desconhecem, não são comunicados, não buscam o melhor caminho para atender as necessidades educativas), a falta de uma metodologia apropriada, buscando uma comunicação ideal. Conseqüentemente, as aulas não adaptadas à realidade de sala de aula e principalmente a realidade de cada aluno como um ser único e, portanto, carece de um procedimento específico por parte do professor (mais um problema de comunicação, quando o professor ignora a real situação e necessidade de cada aluno).
Ajudar os alunos a descobrir-se, deve ou deveria ser a intenção maior no momento “escola”. Porém, depara-se com realidades gritantes, com relatos de professores que não sabem o que fazer e o que fazem pensam ser o certo. Errado? Não, realmente muitos deles desconhecem outros caminhos e tem “boa vontade” de descobrir. Percebe-se um descaso no poder público onde não é permitida ao docente uma formação continuada. Certos? Também não, pois mesmo sem o incentivo do poder, haveriam de buscar soluções quando percebem que algo não está correto em suas aulas.
Ao contrário disto, fazem reclamar (não é uma regra), tornando-se estáticos e se permitem SEREM vítimas de um sistema e FORMAM muitas outras vítimas que terão dificuldades em seu futuro.
Tem-se consciência que os exemplos citados não podem ser generalizados, pois há uma gama de situações a serem avaliadas e cada uma merece um olhar diferenciado. Isto é o que demonstra a realidade escolar, pois ao se trabalhar com seres ÚNICOS, havemos de ter uma série de combinações entre conhecimento, emoções, idéias... Enfim, tudo que envolve um processo de comunicação.
Assim sendo, a comunicação está inserida em todo o processo educacional, seja ela pelos tipos ou pela forma que nos atinge. Algumas tão bem elaboradas, envolvendo estímulos cerebrais que não se percebe, onde a utilização de sons e cores específicos produzem respostas diferenciadas do cérebro.
O educador intervém em vidas e por isto necessita de muito equilíbrio consciente, o que só alcançará interpelando a sabedoria filosófica e, ouvindo-a, chegar à consciência de sua ciência. Assim, procurará intervir sem invadir, propor sem impor, tentar esclarecimentos sem dar soluções dogmáticas. O importante é que o educador tenha mente aberta e esteja perceptivo ao crescimento de todas as pessoas envolvidas no processo de aprendizagem (Gregório, 2007).
Educar, comunicar, tudo envolve atores que devem alternar as posições de emissores ou receptores. A linguagem, entendida como significação simbólica, é parte fundamental para que o processo de interação aconteça entre seres humanos. É a partir do significado dos códigos (sinais) de linguagem que as pessoas atribuem sentido às atividades e se reconhecem como pertencentes ao sistema organizacional.

CONCLUSÕES

Chegou-se a conclusão que todas as formas de comunicação e linguagem deixam uma incógnita em sua finalização, mas é claro e evidente que há interferência na transformação humana.
Desta forma, confirma-se a hipótese de que o professor deve ser conhecedor dos meios de comunicação e linguagem para poder alcançar as transformações desejadas.
Como se pode observar, sempre que existe a comunicação, existe uma mensagem que pode ser transmitida em sua totalidade intencional ou pode não alcançar sua intencionalidade. Todo a interação existente para a comunicação é importante, sejam elas verbais ou não verbais.
Como sugestão, fica a evidência da necessidade de “conscientização” da importância da comunicação e linguagem na educação. Que os professores possam ter acesso, através de cursos ou até por momentos de estudo em suas escolas, sobre os resultados do processo de comunicação e como este conhecimento pode fazer a diferença nos resultados de sua vida pessoal e profissional.

REFERÊNCIAS

Alves, M. B.; Arruda, S. M. de. Como elaborar um artigo científico. Disponível em: http://www.bu.ufsc.br/ArtigoCientifico.pdf. Acesso em 29 de Janeiro de 2007.
Villalba, O. A. Programa y Material de Apoyo. Comunicacyón y Lenguaje en Educación. Asunción: UTIC, 2007. in: Watzlawick, P.; Bavelas, J. B.; Jackson, D. D. Teoría de la comunicación humana: interacciones, patologías y paradojas.DeFleus, M. G. Et al. Fundamentos comunicación humana.
Fialho, F. Vaz, F. Comunicação não verbal. (2003). Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/lugares/naoverbal/introducao.htm. Acesso em 31.01.07.
Gregório, S. B. O Discurso e a Comunicação. (2007). Disponível em: http://www.espirito.org.br/portal/palestras/ceismael/discurso-e-comunicacao.html. Acesso em: 31/0107.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

FUNDASC – FUNDAÇÃO DOS ADMINISTRADORES DE SANTA CATARINA
CURSO DE METODOLOGIA E DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

Buscar a “qualidade do ensino” é uma constante no sistema educacional e é fator gerador da realização do curso de METODOLOGIA E DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR.
Ensinar é um desafio na profissão do professor e, para isto, a necessidade de aperfeiçoar sua metodologia e didática do ensino, objeto de estudo deste curso que enfatiza o “SABER DIFERENTE DE ENSINAR”.
Quem de nós não teve um professor com conhecimentos notáveis, mas com aula cansativa e improdutiva. Desta forma, faz-se necessário que todo profissional que atua ou deseja atuar na docência superior, busque aperfeiçoar-se nos métodos e técnicas de “aprender a ensinar” e “ensinar a aprender”.
O curso de METODOLOGIA E DIDÁTICA DO NÍVEL SUPERIOR tem seu diferencial na utilização e ensinamento da teoria crítica construtivista e possui como objetivo maior detalhar a metodologia e didática do ensino superior. Especificamente o curso contextualiza a história do ensino superior, explana a origem do método e sua evolução até a contemporaneidade, aborda a metodologia científica com ênfase em plano de aula, especifica o planejamento educacional (currículo, metodologia e didática – pormenorizada -, avaliação) e finaliza com estudo das bases teóricas da educação.
Nós, professores, somos a essência da eficácia do ensino. “Deveríamos” atender aos anseios do ser humano, que busca desenvolver suas habilidades e capacidades de pensar e aprender para tornarem-se cidadãos plenos.

Profª Dra. Dóris Maria Daufenbach Goedert

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Dóris Maria Daufenbach Goedert

Universidad Autónoma de Asunción (Paraguay)


Introdução

O presente artigo aborda sobre as novas estratégias metodológicas da tecnologia da Internet no ensino cotidiano do professor. Atualmente, houve-se da necessidade de utilizar esta tecnologia como nova proposta metodológica, buscando alcançar melhores resultados de aprendizagem no processo educacional. Porém, acredita-se que a realidade quanto ao uso desta tecnologia não é aplicada, ou, talvez, não esteja ao alcance de todos. Em algumas escolas que possuem esta tecnologia, o uso se limita a ilustrações para o professor, enquanto os alunos continuam estáticos em seus lugares.

Em um mundo em que as informações circundam de forma acelerada, a educação precisa cada vez mais ser precursora de mudanças e construção de caminhos para a busca do saber. Muito se fala sobre a tecnologia, mas pouco se faz para dar acesso a esta ferramenta, que exige do professor uma nova postura, pois deverá mediar uma gama de novidades que devem ser trabalhadas em momentos específicos, exigindo uma nova organização do tempo e espaço nas escolas. Então, quando ter aulas presenciais e virtuais? Como proceder quando o meio de informação não mais se limita aos livros e aos conteúdos trazidos pelo professor?

Cabe aqui ressaltar, que o resultado de uma transformação, envolve vários elementos, entre eles:



• Instituição de ensino: que terão de adaptar seus espaços, diferentes das aulas tradicionais, necessitando investimentos para salas virtuais, iniciar suas próprias produções científicas, elaborando sua própria biblioteca com conteúdos elaborados pelos professores e alunos;
• Professor: que deve conscientizar-se que estão conectados analogicamente e necessitam desenvolver propostas metodológicas apropriadas, contemplando a distância, revisando a produção e estimulando a novos saberes. Para isto, necessitam conhecer a tecnologia disponível para a construção do conhecimento;
• Aluno: que é o ponto central da educação e para tanto, necessitamos desenvolver métodos visando seu comprometimento no processo de aprendizagem (Tajra, 2002).


O professor é sem nenhuma dúvida, o que desempenha o papel principal no processo educacional. Segundo Gikovate (2002, p.73): “Cabe-lhe a tarefa crucial de se apresentar várias horas por dia perante uma ou mais platéias heterogêneas e nada fáceis de cativar. Os estudantes são crianças, adolescentes ou adultos jovens e nem sempre estão espontaneamente interessados nos temas que são objeto das aulas que têm de assistir”. Então, como despertar, motivar o processo de aprendizagem? Como a Internet poderá colaborar?

Entende-se que é na mediação pedagógica/aprendizagem, nas ações dos professores perante o processo de ensino que se afeta diretamente o processo de aprendizagem. “[...] a mediação pedagógica ocorre por meio da utilização de todas as tecnologias envolvidas neste processo, considerando, assim, as tecnologias físicas, organizacionais e simbólicas” (Tajra, 2002). Ou seja, tecnologia física, a atuação da aprendizagem intermediada através dos livros, mapas, cadernos, cartazes, vídeos, rádios e computadores, demonstrando que a tecnologia física, não se restringe aos computadores, onde está inserida a Internet. Na tecnologia simbólica, está a atuação intermediária que se aplica à forma escrita, oral, gestos e pictórica. Por fim, a mediação pedagógica com tecnologias organizadoras, que é a metodologia utilizada para promover a aprendizagem, ou seja, as estratégias utilizadas.

A história registra marcos que separam as concepções teóricas, que hora se relata para que se possa analisar, segundo uma nova opção estratégica. Buscando conceituar estas questões, optou-se por quatro autores que dizem haver na aprendizagem, formas diferenciadas de atingi-la, e então, de forma paralela, demonstrar como a Internet se aplica nas mesmas.

Na teoria piagetiana, o sujeito (aluno) é um ser ativo que estabelece relação de troca com o meio-objeto (físico, pessoa, conhecimento) num sistema de relações vivenciadas e significativas, uma vez que este é resultado de ações do indivíduo sobre o meio em que vive, adquirindo significação ao ser humano quando o conhecimento é inserido em uma estrutura - isto é o que denomina assimilação. A aprendizagem desse sujeito ativo exige sempre uma atividade organizadora na interação estabelecida entre ele e o conteúdo a ser aprendido, além de estar vinculado sua aprendizagem ao grau de desenvolvimento já alcançado (www.comp.ufla, 2006).

Como afirmado em Coll (apud www.comp.ufla, 2006):

A tendência ao equilíbrio nos intercâmbios funcionais entre o ser humano e o meio no qual vive se encontra no núcleo da explicação genética do desenvolvimento. O duplo jogo da assimilação e da acomodação é presidido pela busca permanente de equilíbrio entre a tendência dos esquemas para assimilar a realidade à qual se aplicam e a tendência de sinal contrário para se acomodar e modificar-se para atender às suas resistências e exigências

Segundo Vigotsty (apud Maciel, 2005), aprendizagem “é um processo puramente exterior, paralelo em certa medida ao processo de desenvolvimento da criança, mas que não participa ativamente neste e não o modifica em absoluto”. A aprendizagem não é desenvolvimento, no entanto, se bem organizada resulta em desenvolvimento. Então, a Internet se bem utilizada, nesta concepção vygotskyana da corrente sócio-cultural, poderá colaborar no que se refere-se a um processo interativo de construção do conhecimento, um aspecto essencial e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas.

A escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo ensino-aprendizagem e o professor tem o papel explícito de interferir no processo, diferentemente de situações informais nas quais a criança aprende por imersão em um ambiente cultural. Portanto, é papel do docente provocar avanços nos alunos e isso se torna possível com sua interferência na zona proximal (Zacharias, 2006).

Brunet (apud www.multirio.rj.gov, 2006), define a aprendizagem como um processo que ocorre internamente, mediado cognitivamente, e não um produto direto do ambiente, das pessoas ou de fatores externos àquele que aprende. Este autor pesquisou o trabalho de sala de aula e desenvolveu uma teoria da instrução, que sugere metas e meios para a ação do educador, fato interessante quando se busca ter na Internet, um meio de acesso a novos conhecimento.

A teoria deste autor leva em consideração a curiosidade do aluno e o papel do professor como instigador dessa curiosidade, daí ser denominada teoria da descoberta. É uma teoria desenvolvimentista, que tenta explicar como a criança, em diferentes etapas da vida, representa o mundo com o qual interage. Não é necessário memorizar e sim descobrir Desde que o objetivo final da aprendizagem é a descoberta, a única maneira de aprender a heurística da descoberta é através do exercício da solução de problemas e do esforço de descobrir.

Por fim, apresenta-se a teoria de Ausubel (apud Teorias Educacionais, 2006), que tem no professor um mediador e no aluno um construtor de seu próprio conhecimento. Nesta concepção significativa, acredita-se que a Internet possa fornecer uma gama de conhecimentos e fazer com que o aluno investigue, buscando novos esquemas de conhecimento. Para este autor, aprendizagem está igualmente comparada a organização e interação do material na estrutura cognitiva (conteúdo total de idéias de um indivíduo e sua organização).

Ausubel preocupa-se com a aprendizagem que ocorre na sala de aula da escola. O fator mais importante de aprendizagem é o que o aluno já sabe, e para que ocorra a aprendizagem, conceitos relevantes e inclusivos devem estar claros e disponíveis na estrutura cognitiva do indivíduo, funcionando como ponto de ancoragem.

Aprendizagem de conteúdo verbal com sentido. aquisição e retenção de conhecimentos de maneira “significativa”. O resultado é tão eficaz quanto a aprendizagem por “descoberta”, mais efetivos por economizarem tempo do aprendiz e serem mais tecnicamente organizados. Ausubel se preocupada mais no processo de instrução com a apresentação de conteúdo com sentido, do que com os processos cognitivos do aprendiz. A programação de matérias deve ser feita por meio de uma série hierárquica (em ordem crescente de inclusão), com cada organizador avançado precedendo sua correspondente unidade.

Uma vez identificadas algumas teorias da aprendizagem, define-se então, o que se compreende por Tecnologia na Educação. Segundo Chaves (2006): “[...] é expressão mais abrangente do que “Informática na Educação”, que tradicionalmente privilegia o uso de computadores em sala de aula, ou, mais recentemente, o uso de computadores em rede para conectar a sala de aula com o mundo externo a ela, através da Internet”.

Para o mesmo autor, o termo “Tecnologia na Educação”, representa melhor a expressão que “Tecnologia Educacional”, já que a primeira expressão pode transmitir que a tecnologia foi criada alheia à educação. A fala humana, a escrita, e o livro impresso, também foram inventados, provavelmente, com propósitos menos nobres do que a educação. Hoje, porém, a educação é quase inconcebível sem essas tecnologias e tudo indica que em poucos anos o computador em rede estará, com toda certeza, na mesma categoria.

Compreende-se que a tecnologia seja apenas o meio que pode trazer mudança no processo educacional, permitindo o aprendizado não apenas em lugares fixos, mas ultrapassou-se a barreira da distância quando, através da internet, acessamos informações que antes demoravam ou até não chegavam a tempo de sanar a dúvida no momento em sala de aula.

Segundo Moran (2005), existe grande receio que o processo de aprendizado virtual possa diminuir o nível de ensino. Acredita-se que esta é mais uma questão cultural que deve ser superado brandamente, pois “[...] a qualidade não acontece só por estarmos juntos num mesmo lugar, mas por estabelecermos ações que facilitem a aprendizagem. A escola continua sendo uma referência importante”.

Acredita-se que a tecnologia trará mudanças no comportamento metodológico, pois, segundo Moran (2005):

A educação será mais complexa porque cada vez sai mais do espaço físico da sala de aula para ocupar muitos espaços presenciais, virtuais e profissionais; porque sai da figura do professor como centro da informação para incorporar novos papéis como os de mediador, de facilitador, de gestor, de mobilizador.

O uso dos aparatos tecnológicos se aplica a um ilustrador das aulas que são realizados “a moda antiga”, ou seja, o professor fala e o aluno escuta. O tradicionalismo que envolve a cultura escolar traz dificuldades para aceitar mudanças, sejam elas tecnológicas ou outra. Este processo deve acontecer de forma construtiva e lenta, buscando colaborar no processo de formação e transformação dos professores (Moran, 2005).



A Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as universidades e escolas. Os professores, em qualquer curso presencial, precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula equipada e com atividades diferentes, que se integra com a ida ao laboratório conectado em rede para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio técnico-pedagógico (Idem).

E como modificar a forma de aprender e ensinar? O discernimento dos momentos presenciais e virtuais deve ser analisado, pois o processo de ensino aprendizagem vive um marco em sua história com a disponibilidade da tecnologia. Como afirma Moran (2005):



Com a Internet estamos começando a ter que modificar a forma de ensinar e aprender tanto nos cursos presenciais como nos de educação continuada, a distância. Só vale a pena estarmos juntos fisicamente - num curso empresarial ou escolar - quando acontece algo significativo, quando aprendemos mais estando juntos do que pesquisando isoladamente nas nossas casas.



Com isto, muitas formas de ensinar se tornam ultrapassadas, confirmando a sensação de alunos e professores, que durante algumas aulas o tempo gasto tal è para desnecessário para àquela aula. Também para Moran (2005) o professor, neste momento, é um facilitador, que procura ajudar na aprendizagem, considerando os limites do conteúdo programático em tempo normal de aula. Assim sendo espera-se do professor que esteja atualizado em sua especialidade, que comunique-se com fluência, que domínio didático, deve saber motivar e manter o grupo alerto, entrosado e produtivo.

Acredita-se, que o uso dos aplicativos tecnológicos, pode colaborar com o processo de aprendizagem, e, assim, faz-se necessário preparar as escolas para receber estas máquinas, habilitar os professores para utilizá-las, principalmente, compreendendo que se trata de uma nova era, uma nova proposta metodológica. Também, se faz necessário traçar novas perspectivas metodológicas, buscando a utilização da tecnologia como aliada no processo de ensino aprendizagem.





Referëncias



__________. (2005). A integração das tecnologias na educação. Disponível em: . Acesso em: 18/12/2005.

__________. (2005). Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias. Disponível em: . Acesso em: 18/12/2005.

Bruner, J. (2005). Disponível em: . acesso em 18/01/2006.
Chaves, E. O. C. Tecnologia na Educação, Ensino a Distância, e Aprendizagem Mediada pela Tecnologia: Conceituação Básica. Disponible em:
Construtivismo em Piaget. Disponível em . Acesso em 19/01/06.

Gikovate, F. (2002). O papel do professor. In A arte de educar. São Paulo: MG Editores.

Lucas, F. (2001). Literatura e comunicação na era da eletrônica. São Paulo: Cortez. (Coleção Questões da Nossa época: v. 81).

Maciel, A. M. da R. (2005). Concepção sócio-cultural sobre desenvolvimento e aprendizagem. Disponível em . Acesso em 18/01/06.

Moran, J. M. (2005). Para onde caminhamos na educação? Publicado em: 07 de Novembro de 2005. Disponível em: http://www.microsoft.com/brasil/educacao/biblioteca/artigos/nov_05.mspx. Acesso em: 18/12/2005.

Moran, J. M., Masetto, M. & Behrens, M. (2003). Novas tecnologias e mediação pedagógica. (7ª Edição). São Paulo: Papirus.

Tajra, S. F. (2002). Internet na educação: o professor na era digital. São Paulo: Érica.

Teorias Educacional: Um quadro comparativo. Disponível em: . Acesso em 19.01.2006.

Zacharias, V. L. C. F. Lev S. Vygotsky http://www.centrorefeducacional.com.br/vygotsky.html. Acesso em 19.01.06.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

UNIVERSIDADE AUTÔNOMA DE ASUNCIÓN
CURSO DE MAESTRIA EM EDUCACIÓN
DISCIPLINA: CURRÍCULO E EDUCAÇÃO

CONCEPÇÃO CURRICULAR HUMANISTA:
SEGUNDO PESTALOZZI, FREINET E MONTESSORI

CLADIR GAVA COLONETTI
DILENE TAVARES SARDINHA
DÓRIS MARIA DAUFENBACH GOEDERT
GEÓRGIA CRISTINA ANDRADE
MARLI TEREZINHA BORGES

PROFESSOR: DR. EDSON ROBERTO OAIGEN

Asunción
2005

1 INTRODUÇÃO

O propósito fundamental do presente trabalho foi construir uma concepção curricular, tendo como referência os pressupostos de Célestin Freinet, Maria Montessori e Johann Heinrich Pestalozzi, cujas idéias estão integradas à Educação Humanista.
A organização curricular pode ser entendida como um processo abrangente que compreende análises e discussões. Para Coppete (2003, p. 20) “pensar em currículo é falar de pessoas, construção, processo e reflexão de nossa prática pedagógica”.
O sistema de ensino se fundamenta no currículo, que representa o conhecimento organizado e concretizado naquilo que é vivido, sentido e aprendido pelos integrantes do processo educacional, podendo ser percebido nas interações que ocorrem neste contexto.
Sendo assim, o currículo se constitui em uma uma força ativa, que legitima as intenções dos sistemas sociais ligados à escola. Daí a importância de pesquisas que proporcionem referencial teórico para a construção curricular, uma vez que a educação não se constrói de práticas neutras e sim fundamenta-se em crenças e valores, apresentando direções que apontam para determinados resultados esperados.

2 ANALISANDO AUTORES, SEGUNDO A CONCEPÇAO HUMANISTA

Esta pesquisa foi realizada com base nos teórico: Pestalozzi, Freinet e Montessori, por pertencerem as teorias da concepção humanístas, respeitando solicitação e proposta da disciplina em questão

2.1 PESTALOZZI


Johann Heinrich Pestalozzi naceu em 1746 em Zurique (Suiça) e morreu em 1827. A situação educacional na época, controlada pela igreja e privilegiava os ricos, enquanto Pestalozzi introduzia suas reformas, buscando a educação democrática.

A criança, na visão de Pestalozzi, se desenvolve de dentro para fora. Por isso, um dos cuidados principais do professor deveria ser respeitar os estágios de desenvolvimento pelos quais a criança passa. Ou ainda a criança é um ser puro, bom em sua essência e possuidor de uma natureza divina que deveria ser cultivada e descoberta para atingir a plenitude. (Arce apud Revista Nova Escola, 2005, p. 20).

Segundo Pestalozzi, o desenvolvimento se baseia na natureza orgânica da criança, devendo ser respeitada a sua maturação gradativa, sendo fundamental o uso dos sentidos em contato com os objetos (observação e experimentação). O professor propicia condições para o aprendizado. A disciplina se dá na cooperaçăo entre aluno e professor.
Contribuiu na criação de materiais pedagógicos nas diferentes áreas, impulsionou a formação de professores e o estudo da educação como ciência. A educação é meio para o aperfeiçoamente individual e social. Sendo um entusiasta, democratizou a educação e a psicologizou. Enfatizava que a priori, os sentimentos religiosos fossem desenvolvidos na criança.
Somente a educação poderia contribuir para que o povo conservasse os direitos conquistados, isto é, a educação poderia mudar a terrível condição de vida do povo.

Educação se constrói numa tensão permanente entre os desejos do homem natural individual e o desenvolvimento da natureza humana universal. A educação produzirá a universalidade a partir das particularidades e da mesma forma a particularidade a partir da universalidade (NASCIMENTO e MORAES, 2005).

As turmas eram formadas por idade, com horários pré-estabelecidos de permanência na escola com atividades específicas flexíveis. Semanalmente tinham duas tardes livres e realizavam excursões. Condenava a coerção, as recompensas e punições. Comparava a Escola com o lar, priorizando a formaçao moral, política e religiosa.

2.2 FREINET

Célestin Freinet, pedagogo francês, nasceu em 1889 e faleceu em 1996. Criou, na França, a escola moderna de caráter popular popular, criticando a escola tradicional e nova.
A meta que norteou o trabalho desenvolvido por Freinet foi “a construção coletiva do saber” (Revista do Professor, 1993, p. 28).
Subjacente a esta meta, está a concepção de que a democracia passa pela escola, sendo que a relação de homem e mundo acontece pelo trabalho coletivo e a liberdade decide-se em conjunto. Assim, as mudanças necessárias e profundas na educação deveriam ser feitas pela base, ou seja, pelos próprios professores no trabalho com seus alunos.
Freinet “toma como base de suas técnicas e propostas o trabalho que realiza o homem, tanto social como produtivamente, ou seja, o homem como produtor de coisas úteis para o indivíduo e para a sociedade” (Revista do Professor, 1993, p. 29).
Nesta perpectiva, Freinet entende que o trabalho é necessário na vida do ser humano desde a mais tenra idade. A responsabilidade para este tipo de atividade vai sendo desenvolvida na criança por meio dos jogos e brincadeiras, quando ela tem a oportunidade de participar, observar, fazer, criar, relatar, imaginar, buscar algo, tirar conclusões e gostar do que faz.
A pedagogia Freinet é centralizada na criança e baseada sobre alguns princípios: senso de responsabilidade, senso cooperativo, sociabilidade, julgamento pessoal, autonomia, expressão, criatividade, comunicação, reflexão (individual e coletiva) e afetividade.
Atividades desenvolvidas em forma de trabalhos:
· Correspondência interescolar;
· Imprensa escolar;
· Textos individuais corrigidos: Auto correçao e coletivos;
· Aula passeio;
· Livro da vida;
· Fichário de consulta;
· Plano de Trabalho;
A postura do professor neste processo é importante, devendo este ser receptivo às sugestões, realizando seu trabalho com vontade, criando condições para que haja um ambiente de serenidade e afetividade. Também é preciso que ele registre as experiências realizadas, transmitindo-as.
Estabelece um número de 25 alunos por classe, onde a criança é da mesma natureza que o adulto, respeitando seu estado fisiológico, orgânico e constitucional. Ambos não gostam de qualquer prática autoritária. Para trabalhar há necessidade de objetivos e motivaçao (Nascimento e Moraes, 2005).
“A proposta de Freinet gira em torno de quatro eixos – comunicação, cooperação, afetividade, documentação – a que estão ligadas todas as atividades realizadas” (Revista do Professor, 1993, p. 29).
Está previsto na proposta de Freinet o trabalho com lideranças, que exercem funções como provedor, animador, havendo também definição de propostas ou normas pelos integrantes da equipe e a divisão de tarefas, para que o trabalho ocorra de forma mais satisfatória. (Revista do Professor, 1993)
No que se refere aos métodos avaliativos, de acordo com a idéia de Freinet, “(...) a avaliação deve ser feita a partir das propostas determinadas pelas crianças. A frase tenho direito de errar é colocada em todas as salas de aula”.
Neste sentido, a aquisição do conhecimento se dá pela experiência, nao podendo ser mensurada através de notas e classificações.

2.3 MONTESSORI

Maria Montessori era italiana, médica e antropóloga. Nasceu em 1870 e faleceu em 1952. Elaborou uma pedagogia e uma reflexão a partir de seu trabalho prático com crianças. Foi muito mais conhecida, na época, como médica, militante dos direitos femininos e como professora em cursos de Antropologia da Educação do que como pedagoga.
De acordo com a Revista Nova Escola (2005, p. 31) “Montessori defendia uma concepção de educação que se estende além dos limites do acúmulo de informações. O objetivo da escola e a formação integral do jovem, uma educação para a vida”.
Para Montessori, a educação tradicional modelava as crianças, sujeitando-as tiranicamente às concepções adultas. A palavra chave da pedagogia montessoriana é a normalização, que consistia em harmonizar a interação das forças corporais e espirituais, corpo, inteligência e vontade, isso ocorreria à medida em que elas trabalhassem de modo concentrado e atento, espontaneamente. Para Montessori, a educação é uma conquista da criança, pois percebeu que nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos. A educação opressora e tradicionalista não permitia a criança a exploração de ambientes e materiais significativos para a criança. Maria Montessori utilizava de uma série de materiais didáticos, organizados em cinco grupos: material de exercícios para a vida cotidiana, material sensorial, de linguagem, de matemática e de ciências. Os materiais utilizados frequentemente eram: quebra-cabeças, letras em madeira ou lixa, diferentes alfabetos para compor palavras, formas variadas, barras de contagem, algarismos em lixa e madeira, conjuntos de contas coloridas etc... O aluno tinha liberdade em escolher seu material e seu uso ocorre a partir do ritmo de cada um. Cada tipo de material é auto-corretivo o que permitia que a própria criança avaliasse seu progresso, trabalhando em ritmo individual. (Centro de Informações MULTIEDUCAÇÃO, MULTI RIO, 2005).
Criou uma série de exercícios como os Exercices de la vie quotidienne que eram úteis à saúde da própria criança, ao meio ambiente e à vida em sociedade. Para ela, a atividade manual e física com objetos definidos, ajudavam à organização interna das crianças. (Centro de Informações MULTIEDUCAÇÃO, MULTI RIO, 2005).
Cabe ressaltar que nas escolas montessorianas, o espaço deve ser cuidadosamente preparado para permitir aos alunos movimentos livres, facilitando o desenvolvimento da independência e iniciativa da criança.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As contribuições de Célestin Freinet, Maria Montessori e Johann Heirinch Pestalozzi são extremamente significativas para a construção do currículo escolar. As concepções estudadas convergem para a linha Humanista e sugerem a construção de um currículo que oportunize ao aluno o desenvolvimento de sua autonomia, valorizando seus interesses e necessidades.
Para tanto, é importante que haja um número limitado de alunos na turma. Materias pedagógicos diversificados podem ser utilizados, como jogos, devendo também serem aproveitadas situações espontâneas e recursos do meio para a realização das atividades, oportunizando momentos de criação de forma individual e coletiva. A auto-avaliação é vita como um meio importante para que o aluno construa seu conhecimento, conforme apresenta a matriz curricular construída com base nestas idéias (Anexo 1).
A escola é um espaço de múltiplas vivências, construção de saberes e interações. Neste contexto, o currículo é um instrumento essencial para uma educação transformadora, no sentido de oportunizar à criança a participação em atividades que lhe proporcionem um crescimento enquanto cidadão autônomo e responsável.
Os conflitos sociais se refletem na escola, como explicam os estudos realizados por Freinet. Nesta perspectiva, as instituições educativas assumem fundamental importância na construção da realidade social.
Os países da América Latina absorveram modismos importados da educaçăo européia, impostos pelo neo-liberalismo, nao condizendo com nossa realizadade e muitas vezes deturpados. As condições sócio-econômicas, historicamente perpetuadas, indicam a necessidade de transformações, nas quais a educação faz parte, enquanto precurssora da construção da cidadania.
Ė importante que a concepção Humanista se faça presente nas pesquisas dos professores, na construção do currículo e na sua vivência nas escolas, podendo contribuir para a formação de alunos cidadãos.

REFERÊNCIAS

Centro de Informações MULTIEDUCAÇÃO, MULTI RIO. Maria Montessori e a educação. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal. Disponível em <www.rio.rj.gov.br> Acesso em 21 janeiro. 2004.
COPPETE, Maria Conceição. Currículo. Florianópolis: UDESC/CEAD, 2003.
NASCIMENTO, Cristiane Valéria Furtado do; MORAES, Márcia Andréa Soares de. Os fundamentos psicológicos da educação. Disponível em <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per04.htm>. Acesso em 21 de Janeiro de 2005.
Revista do Professor. Pegagogia de Freinet fundamenta proposta. Porto Alegre, v. 09, n. 33, jan./mar. 1993.
Revista Nova Escola. Grandes pensadores. São Paulo: Abril, 2005.
ZACHARIAS, V. L. C. F. Pestalozzi. Disponível em <http://www.centrorefeducacional.com.br/pestal.html>. Acesso em 21 de Janeiro de 2005.

domingo, 3 de agosto de 2008

Muito se discute sobre a formação do professor, buscando identificar neles, os motivos dos problemas sociais da atualidade. Resolvi, então, me unir a estes pesquisadores, direcionando e aprofundando meus conhecimentos na busca da IDEOLOGIA DA FORMAÇÃO HUMANA, delimitado para o cotidiano educacional, donde são formados os cidadãos e... Professores.
Para tanto, busco extrair, bibliograficamente, a ideologia contida nos Plano Nacional da Educação, Parâmetro Curricular Nacional, Lei de Diretrizes e Bases e Projeto Político Pedagógico para compreender e propor mudanças.
Tenho como hipótese, que a ideologia contida nestes documentos, é direcionada à formação de alunos “prontos” impedindo, ou dificultando, a prática de metodologia e didática para formar “investigadores”. Esta prática permite buscar o que quer saber... Possibilitando a formação à criticidade e autonomia e, então, possível de intervirem na sociedade, propondo e agindo na sua construção, contrário à formação de “seres humanos” que “assistem” a uma série de barbáries que acontecem às vistas de todos sem ação, crítica, voz...